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Terça-feira, 06 de Novembro de 2018, 07:02

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Ex-secretário vai palestrar nos Estados Unidos sobre modelo de gestão que implantou na Semef, considerado pelo Banco Mundial como um dos melhores do mundo.

O modelo de gestão “Todos por Manaus”, implementado pela Secretaria Municipal de Finanças (Semef) entre 2013 e 2014, foi reconhecido internacionalmente como modelo de gestão de sucesso. Coordenado por Ulisses Tapajós, secretário da pasta à época, o projeto teve investimento de US$ 50 milhões (cerca de R$ 150 milhões pela cotação da época) do Banco Mundial. Agora, Tapajós foi convidado para palestrar em uma conferência transmitida para todas as filiais do banco e apresentar os caminhos de uma boa gestão a outros gestores.

“Quando a gente assumiu, em 2013, tínhamos o desafio de estruturar a organização da Secretaria de Finanças. Fizemos um diagnóstico e um plano de ação para transformar a Semef, aumentando a sua arrecadação, reduzindo seus gastos e modernizando a relação com o contribuinte. Até então, tudo era burocratizado, confuso. Então nós estabelecemos esse plano de ação da mesma maneira que se faz numa empresa: um modelo de gestão empresarial, focado em resultados”, detalha Ulisses Tapajós.
Para executar o plano de ação o ex-secretário conta ter trabalhado com três diretrizes: formar uma equipe focada e motivada, investir e construir um data center forte para informatizar e automatizar a Prefeitura, e por último, contratar desenvolvedores de sistemas para oferecer à sociedade, através de modernos processos, a chance de interagir via internet.
“De todos os bancos, quem acreditou na gente foi o Banco Mundial e nos emprestou o dinheiro. Nós levamos cerca de três anos preparado a equipe, construindo datacenter, modificando os sistemas e a Prefeitura de Manaus cresceu tanto que foi considerada a prefeitura com a melhor saúde financeira no período de crise. Ficou sendo comum outras prefeituras nos visitarem para ver como era feito, para ver os caminhos a seguir.
Segundo Tapajós, o Banco Mundial avaliou os projetos financiados na América do Sul, América do Norte e Europa e escolheu o modelo amazonense como o modelo mais eficiente entre todos os financiados.
“Estou aposentado, trabalhando como consultor, e para minha surpresa, recebi uma carta me convidando para ir a Washington fazer uma palestra mundial, porque ela vai ser transmitida por satélite para onde o banco tiver sede”.

 

Legado nos setores público e privado

Após 40 anos de carreira, o ex-secretário decidiu se aposentar e dedicar-se à família. Nascido e criado no Amazonas, Tapajós é engenheiro com especialização em gestão financeira e gestão de equipes. Ele fala com orgulho de conquistas obtidas no Polo Industrial de Manaus e no serviço público.
“Fui o único amazonense que presidiu uma empresa do PIM, e a Masa foi a única empresa amazonense escolhida como melhor empresa para se trabalhar no Brasil”, recorda.
Ele considera que a experiência empresarial e a formação foram essenciais para conseguir repetir na Secretaria de Finanças os feitos alcançados nas empresas privadas pelas quais passou.
“Estou muito feliz porque o trabalho que foi feito continua na Semef, de maneira que o legado ficou. O pessoal tem um modelo de gestão, a Prefeitura está controlada. Acho que encerrei a carreira em alto nível, de maneira brilhante”, avalia.
Tapajós tem palestrado sobre “Gestão de Empresas Familiares” e se dedicado aos netos. “Aos 70 anos eu queria parar para me dedicar aos meus netos. Eu tenho oito netos, e já estava no ponto em que os netos estavam me estranhando. Já estava com muita idade e queria me dedicar a eles”, afirma o recém-aposentado.

SUELEN GONÇALVES
politica@acritica.com

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